Tudo pela santidade
Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo. (Mateus 18:9).
Durante os Jogos Paralímpicos – Rio 2016 pude contemplar um atleta fazer algo incrível: jogar tênis em uma cadeira de rodas. Nunca tinha visto algo semelhante e confesso que fiquei intrigado para saber como seria a partida.
O esforço é quase desumano. Com uma mão se segura uma raquete e com a outra gira-se a roda da cadeira com movimentos rodopiantes em alta velocidade que quase levam à queda. Tudo para acertar uma bola de tênis.
A cena se repetiu por dezenas, senão centenas, de vezes durante a partida. E o sabor de cada acerto e cada ponto me faziam refletir o quão capaz era aquele homem em meio à deficiência física e limitação.
Percebi que o atleta paralímpico fez muito mais do que eu, que não tenho limitações físicas. A habilidade dele em fazer diversas funções ao mesmo tempo me fascinou e, olhando para mim, percebi que não chegaria a fazer nem 10% do que ele fez.
O que fica para refletirmos diante disso tudo é a nossa displicência em dizer que não somos capazes ou que não conseguimos fazer algo que Deus nos ordenou. Colocamos nossas limitações egocentristas para justificar uma incapacidade que não existe, somente em nosso profundo ego.
Não queremos, não nos esforçamos como devemos, não buscamos como precisamos, não vamos até o limite das nossas forças por algo vital que é nossa santidade. Quando agimos assim, não há palavras que possam classificar nossa atitude humanista.
Para aquele atleta, muitos foram os ‘nãos’ e as palavras desmotivadoras como: “Você não pode, você não tem condição, você não vai conseguir ou isso não tem jeito”. Mas, ele superou os obstáculos, as barreiras físicas, intelectuais, psicológicas e biológicas, tudo por um sonho.
E nós? Será que temos lutado com todas as nossas forças para superar nossa deficiência, que é o pecado, em prol da nossa santidade? A salvação nos foi concedida por Cristo, mas se faz necessário lutar até o último momento, até a última oportunidade para sermos santos. Precisamos lutar contra o pecado, que é a nossa maior deficiência e que nos oprime. Que impede nosso crescimento espiritual, que nos afasta de Deus e de viver uma vida santa e que nos impede de pregar o evangelho.
Mesmo da arquibancada, pude notar que ao final da partida havia uma alegria no rosto de ambos os jogadores: vencedor e perdedor. E essa alegria não era pela vitória e nem pela derrota, mas porque provaram para si e para todos os que estavam assistindo que eles conseguem ultrapassar as barreiras e que são iguais a nós – limitados, porém com habilidades extraordinárias.
E, diante disso tudo, você também pode fazer a diferença!
Deus abençoe!
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